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Organização Mundial de Saúde anuncia plano para ajuda aos pobres

Belo Horizonte, 09 de Janeiro de 2002 (Bibliomed). Salvar 8 milhões de vidas por ano – isto é o que pretende o novo plano da Organização Mundial de Saúde (OMS). A idéia é a de criar um “pacto de saúde” entre as nações desenvolvidas e em desenvolvimento, onde todas elas concordariam em aumentar de maneira substancial as verbas oficiais para a Saúde.

O documento foi divulgado recentemente em Londres, pela Comissão de Macroeconomia e Saúde, e afirma que os gastos em saúde feitos pelos países mais pobres são feitos de maneira extremamente “inadequada”.

De acordo com a Comissão, os valores investidos em saúde nestes países deveriam aumentar de 6 bilhões de dólares para 27 bilhões de dólares por ano. Para atingir este valor, os países ricos deveriam contribuir para o Fundo com 0,1% de seu produto interno bruto (PIB). Ao mesmo tempo, as nações pobres aumentariam o orçamento doméstico para Saúde, atingindo 1% de seu PIB para esta finalidade em 2007 e 2% de seu PIB em 2015.

A outra recomendação importante da Comissão é que haja um acordo entre a OMS, as grandes indústrias farmacêuticas, e os países pobres, para conseguir-se um preço diferenciado mais baixo para os medicamentos nestes países. Sob esta política de preços diferenciados, os países ricos pagariam os custos de pesquisa e desenvolvimento, enquanto que os países pobres pagariam apenas pelos preços básicos da produção do medicamento.

Segundo esta política, os países que não conseguissem eles mesmos produzir os medicamentos, conseguiriam comprá-los por preços baixos, que refletiriam apenas os custos de produção industrial.

Do ponto de vista da participação financeira dos países pobres no Fundo, o estudo revelou que um remanejamento nas despesas dos governos, cortando despesas desnecessárias, seria suficiente para que os recursos locais estivessem assegurados.

Se estas políticas forem colocadas em prática, diz a Comissão, o resultado será um aumento na economia mundial no ano de 2015, como resultado de uma política de intervenção para melhoria da Saúde.

As principais doenças a serem atacadas seriam aquelas resultantes da pobreza, como a malária, tuberculose, e AIDS.

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