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Supermercados querem vender medicamentos

Belo Horizonte, 05 de Outubro de 2001 (Bibliomed). A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) quer garantir na Justiça o direito à venda dos medicamentos que não exigem prescrição médica.

Há alguns dias, a entidade orientou que empresários do setor recorram à Justiça para conseguir a autorização para oferecer os remédios nas gôndolas dos supermercados. A medida é uma reação da Abras ao impasse nas negociações que vêm sendo feitas com o governo sobre o assunto.

Estes estabelecimentos comerciais reivindicam o direito de vender analgésicos, antiácidos, vitaminas e outros produtos. Um dos argumentos é de que os supermercados têm margens menores de lucro em relação às farmácias, o que pode favorecer a venda a preços mais baixos. A venda de medicamentos é um filão. Nos Estados Unidos, ela representa 5% do faturamento dos supermercados.

A discussão já chegou até o ministro José Serra, na 35ª Convenção Nacional dos Supermercados, no Rio de Janeiro. O ministro defendeu o funcionamento de farmácias nos supermercados, mas disse que apenas a venda dos remédios é um assunto que precisa ser discutido.

A Abras não concorda com a sugestão de Serra, afirmando que apenas as grandes redes teriam condições de manter farmácias em suas lojas. A entidade chegou a afirmar que, há algum tempo, quando as negociações estavam evoluindo, a Associação orientou os proprietários de supermercados a não mover ações na Justiça.

Nos anos de 1994 e 1995, as vendas de medicamentos sem prescrição médica em supermercados foram autorizadas pela medida provisória que criou o Plano Real. Quando a medida virou lei, no entanto, o texto que permitia a comercialização dos remédios nas lojas foi suprimido.

Em 1995, os estabelecimentos pernambucanos conseguiram o direito de vender por meio de uma ação judicial. No Rio de Janeiro, uma ação semelhante foi movida no ano passado, sem obter sucesso.

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