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Médicos debatem sobre a suplementação vitamínica em gestantes para garantir o nascimento de bebês saudáveis

São Paulo, 09 de maio de 2001 (eHealthLA). Especialistas em ginecologia e obstetrícia da América Latina, Estados Unidos e da Europa estarão reunidos de 16 a 19 de maio, em Cancún, no México, para debater a suplementação vitamínica em gestantes.

Segundo Dr. Antonio Fernandes Morón, Professor Adjunto do Departamento de Tocoginecologia da Escola Paulista de Medicina, a suplementação vitamínica em gestantes é um assunto cada vez mais difundido. “Médicos do mundo inteiro já se conscientizaram da necessidade de suprir o organismo da mulher com vitaminas, ferro e outras substâncias antes, durante e após a gravidez”, explica.

Segundo ele, em média, a cada 700 crianças que nascem no Brasil, uma apresenta defeitos congênitos em decorrência da escassez de vitaminas e outras substâncias essenciais ao bebê.

Entre as doenças constatadas estão a espinha bífida (defeitos na coluna vertebral) e a anencefalia (falha no desenvolvimento do cérebro), que leva a criança à morte. “Existem cinco casos específicos no qual a suplementação é imprescindível: gestantes com dieta inadequada, gestantes adolescentes, gestação gemelar, gestantes com peso abaixo do normal e gestantes com ganho de peso abaixo do ideal na gravidez”, avalia o medico.

Estimativas norte-americanas apontam para uma redução de US$ 173 milhões a US$ 1,5 bilhão em gastos hospitalares se todas as gestantes recebessem suplementação.

Dieta da gestante afeta a saúde do feto

Segundo artigo médico da revista New Scientist, o que a mulher come nos primeiros dias de gravidez tem um grande impacto na saúde de seu filho. Após uma pesquisa com ratos, estudiosos da Universidade de Southampton sugeriram que a programação do embrião ocorre antes mesmo de ele se acomodar na parede do útero, ou seja, quatro ou cinco dias após a concepção.

Assim, os alimentos que a gestante ingerir poderão determinar se a criança terá, quando for adulto, diabetes, pressão alta ou derrame. Isso acontece porque o embrião programa seu ritmo de acordo com seu ambiente. Se a grávida estiver desnutrida, por exemplo, ele crescerá de forma mais lenta e provavelmente terá um peso abaixo do normal. “Nas primeiras semanas, as alterações orgânicas da gestante são muito acentuadas, e somente com uma quantidade adequada de nutrientes ela vai conseguir dar o suporte necessário ao bebê sem prejudicá-lo”, conclui Morón.

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