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Fundação inaugura centro de diagnóstico do câncer infantil

São Paulo, 02 de maio de 2001 (eHealthLA). A Fundação Banco do Brasil, em parceria com a Fundação Orsa e o Ministério da Saúde, inaugura, na próxima sexta-feira, no Instituto de Oncologia Pediátrica, em São Paulo, um moderno centro de diagnóstico do câncer infantil, dentro do Programa Criança e Vida.

Para a implementação do empreendimento, a Fundação assinou convênio com o Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (GRAACC), destinando R$ 900 mil reais para a aquisição dos equipamentos. O Criança e Vida irá aparelhar, também, 43 hospitais brasileiros, que já atuam no atendimento a crianças e adolescentes com câncer.

Particularidades do Câncer Infantil

O progresso no desenvolvimento do tratamento do câncer na infância foi espetacular nas últimas 4 décadas. Pesquisas do Ministério da Saúde mostram, que atualmente, 70% das crianças acometidas de câncer podem ser curadas, se diagnosticadas precocemente e tratadas em centros especializados.

A maioria dessas crianças terá vida praticamente normal. No Brasil, de acordo com as estimativas do Instituto Nacional do Câncer – INCA em 1999, ocorreram cerca de 5.238 casos novos e de 2.600 óbitos por câncer entre pacientes com idade de 0 a 19 anos (faixa pediátrica).

O câncer infantil corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo. Neoplasias mais freqüentes na infância são as leucemias (glóbulos brancos), tumores do sistema nervoso central e linfomas (sistema linfático).

Segundo a Dra. Sima Ferman, Chefe da Seção de Pediatria Clínica do Hospital do Câncer, em São Paulo, o câncer da criança geralmente afeta as células do sistema sangüíneo e os tecidos de sustentação, enquanto que o do adulto afeta as células do epitélio, que recobre os diferentes órgãos (câncer de mama, câncer de pulmão).

No adulto, em muitas situações, o surgimento do câncer está associado claramente aos fatores ambientais como, por exemplo, fumo e câncer de pulmão. “Nas malignidades da infância não se observa claramente essa associação. Logo, prevenção é um desafio para o futuro. A ênfase atual deve ser dada ao diagnóstico precoce”, diz a especialista. Segundo o INCA, muitos pacientes ainda são encaminhados ao centro de tratamento com doenças em estágio avançado, o que se deve a alguns fatores: desinformação dos pais, medo do diagnóstico de câncer (podendo levar à negação dos sintomas), desinformação dos médicos.

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