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São Paulo, 12 de Fevereiro de 2001(eHealthLA). O Hospital do Câncer, em São Paulo, além de oferecer a imunoterapia inespecífica, é pioneiro na administração de vacinas para o tratamento do melanoma, tumor maligno de pele.
Esse tipo de tratamento é específico para a doença, porque para cada paciente é preparada uma vacina personalizada proveniente de seu próprio tumor (metástase). O estudo vem sendo realizado pela cirurgiã oncológica Débora Castanheira Pereira da Silva, desde 1998. Tem duração de cinco anos e atenderá gratuitamente a 60 pacientes com a doença em estádio avançado.
Imunoterapia
Segundo Débora, a imunoterapia é uma forma de tratamento que consiste em estimular o sistema imunológico para atacar e eliminar doenças. Isso pode ser obtido usando células doentes, antígenos (substâncias estranhas presentes no organismo) ou anticorpos (substâncias produzidas pelo corpo para combater antígenos).
Existem duas formas de imunoterapia. O primeiro tipo, sem efeitos colaterais, emprega vacina produzida com células ou substâncias retiradas do doente; e o segundo utiliza medicamentos existentes no mercado, substâncias com atuação inespecífica no sistema imunológico. A desvantagem dessa segunda forma é que pode ter efeitos colaterais.
A imunoterapia é indicada apenas aos casos em que houve metástase, isto é, quando a doença se espalhou para um local distante de onde começou. “Como o objetivo do tratamento é estimular as células do sistema imunológico (linfócitos T), a saúde do paciente precisa ser boa, do contrário não produz resultado”, explica Débora.
A vacina é aplicada (seis doses divididas por 13 semanas) na derme, segunda camada da pele, perto de uma estação de gânglios, que concentra células do sistema imunológico. “Como a imunoterapia no tratamento de melanoma metastático vem dando resultado só para alguns pacientes, a conclusão será, com certeza, que é indicada a um tipo específico de doente”, explica a cientista.
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