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12 de Janeiro de 2001 (Bibliomed). Até dez soldados da força de paz da Bélgica pretendem abrir um processo pedindo uma investigação judicial sobre a conexão entre doenças adquiridas por eles e os serviços militares nos Bálcãs, disse um advogado do grupo na quinta-feira.
O advogado Pierre Chome disse que os soldados estavam sofrendo de fatiga crônica, dores-de-cabeça, perda de memória e problemas na pele. Parentes de soldados que morreram de câncer depois de voltar dos Bálcãs também planejam dar início a uma ação judicial, disse ele.
Chome disse que a demanda, que será promovida no Tribunal de Bruxelas de Primeira Instância esta semana, vai pedir a indicação de um juiz para a investigação. O processo também apontará a existência de responsáveis, sem mencionar nomes, por crimes como homicídio culposo e falta de assistência a pessoas em crise, disse ele.
As mortes de alguns soldados que serviram nos Bálcãs e dezenas de outros casos de doenças misteriosas levantaram suspeitas de que haja uma ligação entre o uso de armas de urânio empobrecido e moléstias graves.
"Não estamos convencidos de que o urânio empobrecido seja a única causa", disse Chome a jornalistas depois de se encontrar com uma associação de militares da Bélgica.
O ministro da Defesa da Bélgica, Andre Flahaut, pediu na semana passada que ministros da Defesa da União Européia discutam problemas de Saúde com soldados que serviram na ex-Iugoslávia.
A Grã-Bretanha, ao lado da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e dos Estados Unidos, insiste em dizer que não há provas para a relação entre o uso do urânio empobrecido e os casos de leucemia em soldados que serviram nos Bálcãs.
Enquanto isso, autoridades da ONU pediram testes rigorosos sobre possíveis riscos para a saúde em locais onde se desenrolou a guerra, não apenas em Kosovo, mas também na Bósnia.
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