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Rússia Pede que ONU e OMS Investiguem Uso de Urânio nos Bálcãs

09 de Janeiro de 2001 (Bibliomed). A Rússia afirmou na segunda-feira que a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) deveriam ajudar a investigar as acusações de que armamentos usados pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) nos Bálcãs deixaram doentes membros das forças de paz na região.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Igor Ivanov, levantou a questão da "Síndrome dos Bálcãs", suspeita de que armamentos feitos com urânio empobrecido poderiam ter contaminado os membros das forças de paz com radiação.

O chanceler falou ao repórteres após se reunir com o novo chefe da administração da ONU para Kosovo, Hans Haekkerup.

"A principal coisa é fazer checagens independentes e objetivas por especialistas das Nações Unidas e de outros órgãos, como da Agência Internacional de Energia Atômica e da Organização Mundial da Saúde", disse Ivanov.

Segundo o chanceler, tais checagens devem determinar "o nível real do risco" oferecido pelo urânio empobrecido. A Rússia mantém cerca de 3.000 soldados em Kosovo e mil na Bósnia.

Ivanov afirmou que seu país preocupava-se com a saúde de seus homens, mas reiterou que, até o momento, a Rússia não tinha provas de que suas tropas tivessem sido contaminadas pelo urânio.

A Itália, a França e a Alemanha também pediram que a Otan investigue o assunto. Portugal começou a fazer testes em 10 mil militares e civis que serviram nos Bálcãs.

A questão da "Síndrome dos Bálcãs" ganhou espaço depois de a Itália haver informado que seis de seus soldados que estiveram na região morreram recentemente de leucemia.

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