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16 de Janeiro de 2001 (Bibliomed). As maiores autoridades médicas dos 19 países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) reuniram-se na segunda-feira em Bruxelas, capital belga, para discutir os problemas de saúde supostamente provocados pelo uso de munição com urânio empobrecido.
O encontro especial do Comitê de Chefes dos Serviços Médicos Militares (Comeds), que normalmente acontece duas vezes por ano, ocorria no Ministério da Defesa da Bélgica.
Autoridades disseram que o objetivo da reunião era trocar informações sobre a incidência de doenças entre os soldados que integraram as forças de paz dos Bálcãs, onde as munições com urânio foram usadas, e sobre a relação dessas doenças com a radioatividade ou toxicidade dos armamentos.
Ao mesmo tempo em que nega a relação entre essa munição e os casos de leucemia detectados entre os soldados, a Otan ordenou na semana passada uma investigação para assegurar o público de sua posição.
As autoridades médicas esperam entregar os dados preliminares de sua reunião ao recém-formado Comitê sobre o Urânio Empobrecido, da aliança militar. O comitê deve ser encontrar pela primeira vez na terça-feira.
A maior autoridade médica da Bélgica, Roger Van Hoof, também marcou uma entrevista coletiva para terça-feira na sede da Otan.
Os EUA, a Grã-Bretanha e a França, cujas forças estão equipadas com munição de urânio empobrecido, rejeitaram na semana passada um pedido da Itália, da Grécia e da Alemanha para a suspensão do uso desse tipo de armamento.
O ministro da Defesa da Alemanha, Rudolf Scharping, afirmou no domingo que a "histeria" dos meios de comunicação em torno do assunto era, em parte, uma campanha de adversários da Otan para minar sua legitimidade e questionar a intervenção da aliança nos Bálcãs.
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