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Paciente da Primeira Angioplastia Está Vivo e Bem

12 de Janeiro de 2001 (Bibliomed). Mais de 23 anos depois de apostar em um procedimento cardíaco experimental, o primeiro paciente submetido à angioplastia coronariana está firme e forte, de acordo com artigo publicado na edição de 11 de janeiro do New England Journal of Medicine.

Antes do homem de 38 anos submeter-se ao procedimento em 1977, a angioplastia havia sido usada apenas para desobstruir artérias da perna em algumas centenas de pacientes. Hoje, cerca de 700 mil angioplastias são realizadas nos Estados Unidos a cada ano. A angioplastia consiste na introdução de um catéter com extremidade em balão na artéria para desobstrui-la, reduzindo o risco de um enfarte.

Segundo Bernhard Meier, do Centro Cardiovascular Suíço, em Berna, o paciente da primeira angioplastia tem o coração saudável. Em 1977, Meier encaminhou o doente a Andreas Gruentzig, que lhe ofereceu uma alternativa para a cirurgia de ponte de safena, a angioplastia que é bem menos invasiva.

"O paciente concordou sem hesitação. Mais tarde, declarou que confiou instintivamente em Gruentzig e seu método", informou Meier.

Estima-se que em cerca de um terço dos pacientes, as artérias submetidas a angioplastia vão sofrer nova estenose ou estreitamento num prazo de seis meses e muitos doentes terão de se submeter a novo tratamento. Mas o primeiro paciente teve mais sorte. Depois da angioplastia, parou de fumar e em pouco tempo não precisou mais de medicamentos para o coração. Até agora, não sentiu nenhuma dor no peito nem tem sinais de doença cardíaca grave.

De acordo com Meier, Gruentzig morreu em um acidente de avião em 1985. "Não acredito que Gruentzig tenha imaginado que seu primeiro paciente pudesse ficar livre de sintomas recorrentes da doença coronariana por tanto tempo", disse Meier.

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