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OMS Pede US$ 2 Milhões Para Estudos de Urânio Empobrecido

GENEBRA (Bibliomed). A Organização Mundial de Saúde (OMS) pediu na quinta-feira 2 milhões de dólares para financiar estudos sobre os possíveis efeitos sobre civis e funcionários de entidades humanitárias provenientes do urânio empobrecido (UE) usado na Guerra do Golfo e nos conflitos dos Bálcãs.

O órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) disse que a verba permitirá a pesquisa epidemiológica no Iraque, Bósnia, República Federal da Iugoslávia, Macedônia e possivelmente Albânia, além de aumentar os dados sobre o câncer e outras doenças.

Representantes da OMS confirmaram que o ministro da Saúde do Iraque pediu ajuda técnica na pesquisa sobre os possíveis efeitos à saúde do urânio empobrecido, especialmente em províncias do sul, onde os estudos do Iraque registraram índices mais altos de leucemia e outras formas de câncer.

A solicitação de emergência deverá ser incluída, no futuro, no pedido de 20 milhões de dólares que cobrirá o trabalho da OMS sobre munições de urânio empobrecido ao longo dos próximos quatro anos, de acordo com uma nota da entidade.

"Pretendemos garantir a disponibilidade de informações seguras sobre os riscos do urânio empobrecido e de outros contaminantes ambientais", disse o médico Xavier Leus em entrevista à imprensa.

A OMS revelou seus planos depois da controvérsia sobre o uso pela Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) de armas feitas com urânio empobrecido nos Bálcãs, com as alegações de que soldados das tropas de paz podem ter desenvolvido leucemia por causa do contato com o metal pesado.

A Otan disse que a munição representava um "risco negligenciável".

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