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Fabricante do Tylenol pede que FDA rejeite pedidos por rótulo de advertência sobre autismo

23 de outubro de 2025 (Bibliomed). A empresa Kenvue, fabricante do Tylenol, está instando os órgãos reguladores de saúde dos Estados Unidos a não adicionarem um aviso de autismo ao seu medicamento e a outros analgésicos que contêm paracetamol, alegando que o pedido "não tem respaldo científico e é legal e processualmente impróprio".

A resposta veio após uma petição de cidadãos solicitando novos avisos de gravidez para o paracetamol. A petição, apresentada pela Informed Consent Action Network (Rede de Ação pelo Consentimento Informado), solicitou à Food and Drug Administration (FDA) dos EUA que observasse uma possível ligação entre a exposição pré-natal e o autismo ou transtorno de déficit de atenção/hiperatividade.

A petição se baseou em comentários recentes do presidente Donald Trump, que afirmou que o Tylenol pode causar autismo — uma alegação que muitos especialistas em saúde dizem não ter respaldo científico.

De acordo com a Kenvue, "por mais de uma década — e até agosto — a FDA avaliou exaustivamente as evidências científicas emergentes e concluiu repetidamente que os dados não sustentam uma associação causal entre o uso de paracetamol na gravidez e distúrbios do neurodesenvolvimento, como o autismo".

Em uma carta aos médicos, o Comissário da FDA, Dr. Martin Makary, afirmou que, embora alguns estudos descrevam uma associação, "uma relação causal não foi estabelecida e há estudos contrários na literatura científica".

Especialistas afirmam que o paracetamol continua sendo o único analgésico considerado seguro durante a gravidez.

Fonte: United Press International. Oct. 22, 2025.

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