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São Paulo, 28 de Dezembro de 2000(eHLA). Nos últimos dez anos os cientistas vêm descobrindo os efeitos benéficos dos antioxidantes, capazes de diminuir os males causados pelo envelhecimento do organismo. Dois novos estudos apresentados este mês no Congresso Internacional de Química das Sociedades da Bacia do Pacífico, em Honolulu, Havaí, confirmaram que a cerveja (principalmente a preta) contém uma boa quantidade de antioxidantes. Essas substâncias químicas protegem as células dos efeitos dos radicais livres, que são moléculas corrosivas produzidas durante os processos metabólicos normais, associadas ao desenvolvimento de muitas doenças ligadas ao envelhecimento. "Acreditamos que a cerveja faz bem para a saúde, ao menos como antioxidante", disse Joe Vinson, da Universidade de Scranton, na Pensilvânia, às agências internacionais.
Nos estudos, o pesquisador descobriu que a cerveja evitou a oxidação da lipoproteína de baixa densidade e lipoproteína de densidade muito baixa (dois tipos de colesterol ruim). Acredita-se que essa oxidação seja uma etapa inicial do desenvolvimento de doenças do coração e dos vasos sanguíneos. Os estudos laboratoriais demonstraram que a cerveja preta contém mais polifenóis, uma família de antioxidantes, mas a cerveja clara teve um efeito mais forte nos testes com animais.
Um segundo estudo avaliou como o consumo de álcool produz impactos na formação de catarata, outra doença relacionada ao envelhecimento que se acredita estar ligada à oxidação. Segundo John Trevithick, da Universidade de Western Ontario, no Canadá, pessoas que consomem uma bebida alcoólica por dia diminuem seu risco de desenvolver catarata pela metade. Os cientistas encontraram evidências de que os antioxidantes da cerveja e do vinho podem ser responsáveis por esse efeito.
As duas pesquisas foram patrocinadas por fabricantes de cerveja, a Labatt Brewing, do Canadá, e a Pilsner Urquell, da Tchecoslováquia.
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