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27 de junho de 2025 (Bibliomed). Quase duas décadas após o surgimento dos cigarros eletrônicos e produtos de tabaco aquecido, novos estudos reforçam que essas alternativas não são tão seguras quanto muitos acreditavam. Inicialmente promovidos como soluções menos prejudiciais ao cigarro tradicional e ferramentas de cessação do tabagismo, esses dispositivos vêm apresentando resultados preocupantes.
Segundo uma publicação recente no European Heart Journal Supplements, o uso de cigarros eletrônicos e tabaco aquecido ainda representa riscos significativos para a saúde, incluindo doenças pulmonares, cardiovasculares e câncer. Além disso, em vez de ajudarem as pessoas a abandonarem o cigarro, esses produtos podem levar ao início do tabagismo em não fumantes ou provocar recaídas em ex-fumantes.
Outro ponto crítico revelado é o “consumo duplo” - quando o usuário combina o uso de cigarros tradicionais com dispositivos eletrônicos. Essa prática, longe de ser uma solução de transição, pode agravar ainda mais os danos à saúde, aumentando os riscos de doenças relacionadas ao fumo.
Estudos apontam que tanto o vapor dos cigarros eletrônicos quanto o aerossol liberado pelo tabaco aquecido contêm substâncias tóxicas. Mesmo que algumas concentrações sejam menores do que no cigarro convencional, elas ainda são suficientes para provocar danos a longo prazo, especialmente com o uso contínuo.
Diante desse cenário, especialistas alertam que políticas de saúde pública devem continuar priorizando estratégias comprovadas de cessação do tabagismo, e não substituir um vício por outro potencialmente perigoso.
Fonte: European Heart Journal Supplements. DOI: 10.1093/eurheartjsupp/suaf037.
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