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01 de outubro de 2019 (Bibliomed). A Anvisa solicitou aos hospitais e profissionais de saúde os relatos de problemas relacionados ao uso de cigarros eletrônicos. O pedido foi enviado a 252 instituições que compõem a chamada Rede Sentinela e que notificam com frequência problemas e eventos adversos relacionados à saúde. O mesmo pedido foi feito ao Conselho Federal de Medicina (CFM), no sentido de que os médicos estejam atentos e relatem quaisquer suspeitas.
A ação tem como objetivo reunir informações para antecipar e prevenir uma crise de saúde como a que tem sido noticiada nos Estados Unidos, onde há casos de uma doença respiratória grave, levando a óbitos, associada ao uso desses dispositivos.
O monitoramento envolve os cigarros eletrônicos, os vaporizadores e os cigarros de tabaco aquecido, dentre outros dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs). Os relatos podem ser realizados no portal da Agência (veja AQUI).
A comercialização, a importação e a propaganda de todos os dispositivos eletrônicos para fumar são proibidas no Brasil desde 2009, por meio da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 46 da Anvisa. Em 2016, foi publicada uma pesquisa que concluiu pela falta de evidências científicas sobre a segurança desses dispositivos. O estudo foi realizado pelo Ministério da Saúde, por meio do Instituto Nacional do Câncer (Inca), em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e a Anvisa.
Em julho de 2017, a Anvisa recebeu um documento da Associação Médica Brasileira (AMB) e das sociedades médicas a ela filiadas apoiando a proibição dos dispositivos eletrônicos. O texto aborda quão nocivo pode ser o uso do cigarro eletrônico para a saúde do usuário. A AMB destaca, também, o poder do produto para atrair usuários jovens, instigando o hábito de fumar.
Em agosto de 2019, foram realizadas duas audiências públicas, uma em Brasília e outra no Rio de Janeiro, com o objetivo de coletar subsídios para avaliação dos impactos do uso de dispositivos eletrônicos para fumar.
Fonte: Portal Anvisa. 20/09/2019.
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