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26 de junho de 2025 (Bibliomed). Uma nova pesquisa realizada pelo Brain and Creativity Institute da Universidade do Sul da Califórnia (USC) revelou como músicas ligadas a momentos marcantes da vida podem ativar regiões específicas do cérebro relacionadas à memória e ao prazer. O estudo, publicado na revista Human Brain Mapping, sugere que esse efeito pode ser especialmente benéfico para pessoas com Alzheimer e outras condições que afetam a memória.
Os cientistas observaram, por meio de exames de ressonância magnética funcional, que ouvir canções nostálgicas ativa tanto a “rede de modo padrão” do cérebro - envolvida com recordações e autorreflexão - quanto os circuitos de recompensa, os mesmos acionados por sensações prazerosas.
“Essas músicas não apenas trazem memórias de volta, mas também provocam respostas cerebrais que podem contribuir para o bem-estar emocional e a função cognitiva”, explicam os autores da pesquisa. Isso acontece porque a música está profundamente conectada à identidade e às experiências pessoais de cada um.
Essa descoberta reforça o potencial terapêutico da música como uma intervenção não medicamentosa para pessoas com perda de memória. Um simples repertório personalizado pode estimular recordações significativas e emoções positivas, melhorando a qualidade de vida desses indivíduos.
Embora ainda sejam necessários mais estudos para validar o uso clínico da música nostálgica, os pesquisadores acreditam que criar playlists com músicas associadas à juventude e a momentos felizes pode ser um passo promissor no cuidado de pacientes com doenças neurodegenerativas.
Fonte: Human Brain Mapping. DOI: 10.1002/hbm.70181.
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