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20 de junho de 2025 (Bibliomed). Um estudo recente publicado na JAMA Network Open revelou que a exposição ao ozônio (O3) nos primeiros dois anos de vida pode aumentar o risco de asma e chiado no peito em crianças pequenas, mesmo em regiões com baixos níveis de poluição. A pesquisa analisou dados de 1.188 crianças em seis cidades dos Estados Unidos, acompanhadas desde o nascimento até os 9 anos de idade.
Os pesquisadores identificaram que crianças com maior exposição ao ozônio entre 0 e 2 anos tinham mais chances de desenvolver sintomas respiratórios como asma e chiado entre 4 e 6 anos. A cada aumento de 2 partes por bilhão (ppb) na concentração média de ozônio, o risco de asma aumentou em 31% e o de chiado em 30%. No entanto, essa relação não foi observada entre os 8 e 9 anos, sugerindo que os efeitos podem ser mais pronunciados na primeira infância.
A análise também levou em consideração outros poluentes comuns do ar, como material particulado fino (PM2.5) e dióxido de nitrogênio (NO2). Quando avaliados em conjunto, esses poluentes também mostraram associação com os sintomas respiratórios, reforçando a ideia de que a poluição atmosférica pode ter um impacto importante na saúde infantil, mesmo em concentrações consideradas baixas.
Os autores destacam que políticas públicas para reduzir a exposição ao ozônio e outros poluentes podem ser essenciais para prevenir doenças respiratórias na infância e diminuir a carga de asma entre as crianças.
Fonte: JAMA Network Open. DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2025.4121.
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