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29 de maio de 2025 (Bibliomed). Dois sintomas principais que podem surgir logo após um diagnóstico de esclerose múltipla (EM) podem prever a rapidez com que a doença progredirá e sugerir as melhores opções de tratamento, mostra uma nova pesquisa realizada na Universidade Federal da Bahia.
Os dois sintomas - visão turva e disfunção do esfíncter da bexiga e/ou intestino - podem surgir em alguns pacientes, mas não em todos, no início da doença. Quando eles surgem tão rapidamente, os pacientes podem correr maior risco de desenvolver incapacidades mais graves ao longo do tempo.
O novo estudo envolveu 195 pacientes com esclerose múltipla cujos sintomas iniciais foram observados pelos pesquisadores. Seu resultado funcional posterior também foi rastreado usando a Expanded Disability Status Scale (EDSS), uma ferramenta amplamente reconhecida para medir a incapacidade em pacientes com EM. Os pesquisadores descobriram que pacientes com visão turva no início do diagnóstico tinham 20% mais probabilidade de apresentar piores resultados funcionais a longo prazo em comparação àqueles sem esse sintoma inicial. Enquanto isso, pacientes com disfunção esfincteriana no início da doença eram 24,5% mais propensos a desenvolver incapacidade grave mais tarde, disse a equipe brasileira.
Dois outros sintomas de início precoce - paralisia aguda e hipoestesia (dormência) - não foram associados a resultados piores, embora isso contrarie as descobertas de alguns estudos anteriores. Não está claro por que a visão turva e a disfunção do esfíncter podem anunciar uma doença mais agressiva. Uma teoria é que esses sintomas podem refletir mais danos ao sistema nervoso central, disseram os pesquisadores. Mais pesquisas precisam ser feitas para determinar como as novas descobertas podem influenciar as decisões de tratamento,.
Fonte: Brain Medicine. DOI: 10.61373/bm024r.0073.
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