Notícias de saúde
30 de agosto de 2013 (Bibliomed). No dia 30 de agosto é comemorado o Dia Nacional de Conscientização da Esclerose Múltipla. Essa é uma doença degenerativa, de caráter crônico, autoimune, que acomete mais de dois milhões de pessoas no mundo.
A esclerose múltipla é causada por um processo no qual as células de defesa do corpo deterioram a bainha de mielina, uma cobertura protetora que envolve as células nervosas, diminuindo ou interrompendo a transmissão de impulsos nervosos. Pode afetar qualquer área do cérebro, do nervo óptico ou da medula espinhal.
A neurologista do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC/UMFG), Dra. Elizabeth R. Comimi Frota, diz que no Brasil existem cerca de 30 mil portadores de esclerose múltipla, mas apenas cerca de cinco mil conseguiram diagnóstico do problema precocemente e o tratamento adequado.
Entre os sintomas da doença estão a perda de força, formigamento em parte ou em um lado inteiro do corpo, perda ou turvação da visão, perda do equilíbrio para andar ou da coordenação.
Como a doença limita a capacidade motora e sensitiva, traz uma série de prejuízos para qualidade de vida do paciente. O diagnóstico precoce é fundamental para que seja indicado o melhor tipo de tratamento, que tem por objetivo minimizar os efeitos da doença. Os medicamentos imunomoduladores são a primeira opção para o tratamento da esclerose múltipla, sendo que, em alguns casos, podem ser indicados fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e grupos de apoio.
Pacientes em estagio avançado da doença podem precisar de aparatos de assistência, como cadeiras de rodas, levantadores de cama, cadeiras para o banho, andadores e corrimãos. Contudo, adotar um estilo de vida saudável, com boa alimentação, além de repouso e relaxamento suficientes, evitar fadiga, estresse, temperaturas extremas e cuidar para não desenvolver outras doenças pode ajudar a evitar a progressão acelerada da doença.
Geralmente a esclerose múltipla é diagnosticada entre os 20 e 40 anos, mas pode desenvolver-se em qualquer idade e afeta mais mulheres do que homens. Pesquisa publicada em maio deste ano mostrou que 64% dos brasileiros não sabem identificar os sintomas da doença, e a grande maioria acredita que é uma doença associada a idosos, o que não é verdade.
Fonte: Burson-Marsteller, 28 de agosto de 2013
Mutação genética pode estar associada a esclerose múltipla. Leia em Boa Saúde
Tabagismo pode aumentar risco de esclerose múltipla. Leia em Bibliomed
Copyright © 2013 Bibliomed, Inc.
Veja também