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Sobreviventes de câncer infantil têm maior risco de pensamentos suicidas

27 de maio de 2025 (Bibliomed). Um estudo recente publicado no JAMA Network Open sugere que sobreviventes de câncer infantil têm um risco significativamente maior de desenvolver pensamentos suicidas em comparação com a população em geral. A pesquisa analisou dados de 16 estudos, abrangendo mais de 148 mil participantes, e apontou que 9% dos sobreviventes relataram ideação suicida.

Embora a taxa de suicídio entre essas pessoas tenha sido relativamente baixa (0,30%), o risco de ter pensamentos suicidas foi 67% maior em comparação com pessoas que não tiveram câncer na infância. Os pesquisadores destacam que esse risco é ainda maior durante o período de tratamento ativo da doença, quando a prevalência da ideação suicida chega a 14%.

Fatores como histórico de transtornos mentais, problemas de saúde física, idade avançada, sexo masculino e estar solteiro foram associados a um maior risco de desenvolver pensamentos suicidas. Segundo os especialistas, esses achados reforçam a necessidade de acompanhamento psicológico contínuo para esse grupo, especialmente durante e logo após o tratamento.

Os resultados sugerem que os sobreviventes de câncer infantil enfrentam desafios emocionais e psicológicos que podem persistir por anos. Assim, os pesquisadores defendem a criação de políticas de saúde voltadas para o suporte mental e emocional desses pacientes, ajudando a reduzir os riscos e melhorar sua qualidade de vida.

O estudo reforça a importância de oferecer apoio psicológico e acompanhamento psiquiátrico a longo prazo para esses pacientes, prevenindo complicações futuras e garantindo um melhor bem-estar emocional.

Fonte: JAMA Network Open. DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2024.57544.

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