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19 de maio de 2025 (Bibliomed). Um estudo recente publicado no JAMA Network Open revelou que a exposição ao conflito entre Rússia e Ucrânia tem afetado significativamente a saúde mental dos civis ucranianos, aumentando os casos de pensamentos suicidas e sentimentos de desesperança.
A pesquisa analisou dados de sete levantamentos nacionais realizados entre 2015 e 2022, incluindo respostas de mais de 14 mil pessoas de diferentes regiões do país. Os resultados mostraram que os moradores de áreas mais gravemente afetadas pela guerra apresentaram um aumento de 2,2% na probabilidade de pensamentos suicidas e de 4,9% no sentimento de desamparo, em comparação com aqueles que vivem em regiões com menor impacto econômico e estrutural.
Os dados também indicaram que homens foram mais vulneráveis a pensamentos suicidas, enquanto as mulheres relataram maior incidência de sentimentos de impotência. Além disso, indivíduos mais jovens e com maior nível de educação também apresentaram maior impacto emocional.
Os pesquisadores alertam que essas questões psicológicas podem dificultar a recuperação do país no período pós-guerra, tornando essencial que governos e organizações internacionais implementem medidas de apoio à saúde mental da população. A criação de empregos, a reconstrução das cidades e o fortalecimento de serviços de assistência psicológica são algumas das estratégias sugeridas para minimizar os impactos do conflito.
A pesquisa reforça a necessidade de incluir a saúde mental no planejamento da reconstrução de sociedades afetadas por conflitos, garantindo um suporte adequado às populações vulneráveis.
Fonte: JAMA Network Open. DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2024.59318.
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