Notícias de saúde

Fumar e usar vape estão associados a alterações prejudiciais semelhantes no DNA

25 de fevereiro de 2025 (Bibliomed). Um estudo realizado na University of Southern California (USC), nos Estados Unidos, mostrou que a combinação de cigarros tradicionais e vape pode levar a alterações no genoma.

Os pesquisadores analisaram a genética de 30 jovens adultos com média de 23,5 anos de idade. Alguns eram usuários exclusivos de cigarro eletrônico, vaporizando pelo menos três vezes por semana por pelo menos seis meses; alguns eram fumantes exclusivos, fumando pelo menos três vezes por semana por pelo menos um ano; e alguns nem vaporizavam nem fumavam.

Foi usada uma técnica de sequenciamento de genes de alta tecnologia para analisar os genomas de células retiradas de cada participante em cotonetes de bochecha. Os pesquisadores encontraram 831 "regiões diferencialmente metiladas" (DMRs) nos genomas de vapers e 2.863 em fumantes. DMRs são áreas genéticas que podem ser mais ou menos metiladas (ligadas/desligadas) em uma pessoa em relação a outra. No geral, houve uma sobreposição de 46% entre fumantes e vapers em termos de grupos DMR.

Os autores explicam que essas regiões metiladas estavam em locais de genes conhecidos por regular importantes vias de sinalização biológica que impulsionam o desenvolvimento de doenças. Tanto umantes quanto vapers mostraram um DMR vinculado a uma região-chave dentro do HIC1, um gene supressor de tumores. Mudanças no HIC1 têm sido associadas ao câncer de pulmão há muito tempo, sugerindo que os mesmos processos podem estar acontecendo com jovens adultos que usam vape.

Fonte: American Journal of Respiratory Cell and Molecular Biology. DOI: 10.1165/rcmb.2024-0207OC.