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Tabagismo materno provoca alterações no DNA do feto

20 de maio de 2011 (Bibliomed). Crianças cujas mães ou avós fumaram durante a gravidez têm maiores chances de desenvolver asma na infância. Pesquisadores da The Keck School of Medicine da University of Southern California, nos Estados Unidos, sugerem que o tabagismo provoca mudanças em um processo chamado de metilação do DNA, que ocorre antes do nascimento e pode ser uma causa do problema.

A metilação do DNA é um processo que pode alterar a função normal de um gene, que pode ser passado de pai para filho com a alteração. Os pesquisadores observaram mudanças de metilação do DNA relacionados com o gene AXL em crianças expostas ao tabagismo materno no útero. O AXL desempenha papel importante na resposta imune a vários problemas.

"Descobrimos que as crianças expostas ao tabagismo materno no útero tinham um aumento de 2,3% na metilação do DNA em AXL", diz Carrie Breton, um dos autores da pesquisa. "Esses resultados confirmam os resultados de um estudo prévio e apresentar provas convincentes de que a exposição ambiental ao fumo do tabaco durante a gravidez pode alterar os níveis de metilação do DNA”, completa.

Foram analisadas mães e avós de 173 crianças que apresentaram asma na primeira infância, e analises de DNA dessas e das crianças mostram alterações no gene AXL, em especial em crianças do sexo feminino.

Segundo Breton, a pesquisa evidencia a necessidade de intensificar as campanhas de conscientização contra o uso de tabaco, principalmente durante a gravidez. O cientista afirma que "esses resultados confirmam os resultados de um estudo prévio e apresentam provas convincentes de que a exposição ambiental ao fumo do tabaco durante a gravidez pode alterar os níveis de metilação do DNA".

Fonte: Science Daily, 18 de maio de 2011

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