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Quais os impactos do uso de medicamentos para esquizofrenia na mortalidade

11 de fevereiro de 2025 (Bibliomed). Um estudo realizado no Canadá analisou como o uso de antipsicóticos, antidepressivos e benzodiazepínicos afeta o risco de mortalidade em pessoas com esquizofrenia, trazendo novos questionamentos sobre a relação entre essas medicações e a longevidade dos pacientes.

A pesquisa acompanhou 32.240 pacientes com esquizofrenia, com idades entre 17 e 64 anos, ao longo de 15 anos. Durante o período de análise, 6% dos participantes faleceram. Os pesquisadores usaram diferentes métodos para avaliar o impacto das medicações na mortalidade, considerando o viés de tempo imortal, que pode distorcer os resultados ao incluir períodos em que os pacientes ainda não iniciaram o tratamento medicamentoso.

Os resultados mostraram que altas doses de antipsicóticos estavam associadas a um aumento no risco de mortalidade quando o viés foi controlado. Já os antidepressivos, que inicialmente pareciam reduzir a mortalidade, mostraram benefícios apenas em doses altas após a correção do viés. Os benzodiazepínicos, por sua vez, foram consistentemente associados a um maior risco de morte, independentemente da dose ou do método de análise.

Embora o estudo não questione a eficácia dos antipsicóticos no controle da esquizofrenia, ele destaca a necessidade de avaliar cuidadosamente o uso de altas doses, especialmente em tratamentos prolongados. Além disso, reforça a importância de um monitoramento criterioso do uso de benzodiazepínicos.

Os pesquisadores concluíram que as descobertas devem guiar futuras pesquisas e a prática clínica para equilibrar os benefícios e riscos das medicações em pacientes com esquizofrenia.

Fonte: JAMA Network Open. DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2024.47137.

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