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Cansaço extremo dos enfermeiros impacta nos pacientes

21 de janeiro de 2025 (Bibliomed). A síndrome de burnout, caracterizada pela exaustão emocional e sensação de baixa realização pessoal, tem sido uma preocupação constante nos ambientes de saúde. Entre os profissionais de enfermagem, o impacto do burnout vai além de suas consequências pessoais, refletindo-se diretamente na experiência dos pacientes.

Um estudo recente aponta que o burnout entre enfermeiros está fortemente associado a consequências negativas para a qualidade e a segurança dos cuidados de saúde. O levantamento, que reuniu dados de 85 estudos com 288.581 enfermeiros de 32 países, revelou que a exaustão emocional, comum na categoria, contribui para um clima de segurança hospitalar mais frágil, maior frequência de infecções hospitalares, quedas de pacientes, erros de medicação e eventos adversos.

O estudo revelou que unidades onde os enfermeiros apresentam burnout têm uma avaliação mais baixa em segurança e qualidade, além de menores taxas de satisfação dos pacientes. Os dados também indicaram que, enquanto enfermeiros exaustos apresentavam maiores chances de cometer erros, essa associação se manteve independente da idade, sexo, experiência e localização geográfica dos profissionais. Durante a pandemia de COVID-19, esse problema foi intensificado devido à superlotação hospitalar e à falta de profissionais.

Especialistas afirmam que medidas para melhorar o ambiente de trabalho e reduzir o burnout são fundamentais para garantir um atendimento seguro e de qualidade aos pacientes. Intervenções como suporte emocional, gestão de carga de trabalho e programas de apoio podem ser efetivas para mitigar esses impactos negativos.

Fonte: JAMA Netwoek Open. DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2024.43059.

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