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03 de janeiro de 2025 (Bibliomed). Um estudo da Escola de Saúde Pública da Universidade de Columbia revelou que a exposição a metais poluentes, como cádmio, tungstênio e urânio, está associada ao aumento do acúmulo de placas de cálcio nas artérias coronárias, contribuindo para o desenvolvimento de aterosclerose. Essa condição, que endurece e estreita as artérias, é uma das principais causas de ataques cardíacos, derrames e doenças das artérias periféricas.
Os pesquisadores analisaram dados de mais de 6.400 participantes do Estudo Multiétnico de Aterosclerose (MESA) ao longo de 10 anos. Eles mediram os níveis de metais no início do estudo e acompanharam a progressão da calcificação nas artérias. Os resultados mostraram que altos níveis de metais, como cádmio e tungstênio, estavam associados a um aumento de até 75% na calcificação arterial ao longo da década.
Esses metais são amplamente encontrados no meio ambiente, resultado de atividades industriais e agrícolas, como a produção de fertilizantes e baterias, além da mineração e da queima de combustíveis fósseis. O fumo também é uma importante fonte de exposição ao cádmio.
O estudo, publicado na revista Journal of the American College of Cardiology, destaca que mesmo baixas concentrações desses metais podem afetar significativamente a saúde cardiovascular. A equipe de pesquisa reforça a necessidade de maior vigilância e regulamentação para limitar a exposição a esses metais poluentes e proteger a saúde da população.
Além disso, as descobertas sugerem que a análise de metais tóxicos deve ser uma prioridade nas políticas de saúde pública, principalmente em áreas urbanas e industriais, onde os níveis de poluição são mais elevados.
Fonte: Journal of the American College of Cardiology. DOI: 10.1016/j.jacc.2024.07.020.
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