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19 de dezembro de 2024 (Bibliomed). Um estudo realizado por pesquisadores da University of Southern California, nos Estados Unidos, revelou que a exposição a altos níveis de poluição do ar durante a gravidez, especialmente ao dióxido de nitrogênio (NO2) e partículas inaláveis (PM10), aumenta em quase quatro vezes o risco de depressão pós-parto, e esse efeito pode durar por até três anos.
A pesquisa acompanhou 361 mulheres desde o início da gestação até três anos após o parto, analisando os níveis de poluição ao redor de suas residências.
O NO2 é liberado principalmente pela queima de combustíveis fósseis, como em veículos e usinas, enquanto as partículas PM10 incluem poluentes como poeira e fuligem. Esses poluentes já são conhecidos por causarem problemas de saúde, como asma e doenças cardíacas, e agora mostram uma ligação robusta com a depressão pós-parto.
Segundo o estudo, mulheres expostas a níveis mais altos de NO2 e PM10 durante o segundo trimestre da gravidez tiveram 3,86 e 3,88 vezes mais risco, respectivamente, de desenvolver sintomas de depressão pós-parto. Em comparação, 17,8% das participantes apresentaram sintomas de depressão após um ano do parto, 17,5% após dois anos e 13,4% após três anos.
Os pesquisadores sugerem que medidas preventivas, como reduzir a exposição à poluição durante a gravidez, podem diminuir o risco de depressão. Além disso, a pesquisa destaca a importância de continuar monitorando a saúde mental das mães após o primeiro ano do parto.
Fonte: Science of The Total Environment. DOI: 10.1016/j.scitotenv.2024.176089.
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