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Estilo de vida materno e riscos ambientais para o desenvolvimento de autismo

3 de julho de 2014 (Bibliomed). Ao longo dos últimos 10 anos a investigação sobre os fatores de risco ambiental para o autismo tem crescido dramaticamente, trazendo evidências de que uma série de fatores não-genéticos que atuam durante o período pré-natal pode influenciar o neurodesenvolvimento. 

Um recente trabalho publicado na revista International Journal of Epidemiology revisou as evidências sobre fatores pré-natais que têm sido associados, em alguns estudos, com transtorno do espectro do autismo (ASD), incluindo alimentação, uso de drogas e exposição a agentes ambientais. Esta avaliação foi restrita a estudos em humanos com pelo menos 50 casos de ASD, tendo um grupo de comparação válida, realizada na última década e com foco no estilo de vida da mãe ou produtos químicos ambientais.

A ingestão materna de certos nutrientes e suplementos tem sido associada com a redução do risco de ASD, com a evidência mais forte para suplementos de ácido fólico. Embora muitas investigações terem sugerido nenhum impacto do tabagismo e uso de álcool materno com ASD, é necessária uma avaliação da exposição mais rigorosa. Um certo número de estudos demonstrou um aumento significativo no risco de espectro do autismo com exposição estimada para a poluição do ar durante o período de pré-natal, em particular para os metais pesados ​​e partículas.

Concluiu-se que pouca pesquisas avaliaram outros poluentes orgânicos persistentes e não persistentes, em associação especificamente com o espectro do autismo. São necessários mais estudos para examinar a associação com ingestão de gorduras, vitaminas e outros nutrientes maternos, bem como produtos químicos e pesticidas.

Fonte: Int. J. Epidemiol. (2014) 43 (2): 443-464.

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