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Amamentação pode reduzir o risco de asma em crianças

02 de janeiro de 2025 (Bibliomed). A amamentação por mais de três meses é crucial para o desenvolvimento saudável do microbioma intestinal e respiratório de bebês, reduzindo o risco de asma na infância, indica estudo realizado nos Estados Unidos.

A pesquisa, liderada por cientistas da NYU Langone Health e da Universidade de Manitoba, nos Estados Unidos, demonstrou que o leite materno regula o crescimento das bactérias benéficas no organismo do bebê, promovendo uma maturação equilibrada do sistema imunológico.

Os pesquisadores acompanharam o desenvolvimento de bebês durante o primeiro ano de vida e observaram que a amamentação prolongada apoia o crescimento gradual de bactérias específicas que ajudam a digerir componentes complexos do leite materno, como os oligossacarídeos. Por outro lado, bebês que foram desmamados antes dos três meses apresentaram maior presença de microrganismos associados à digestão de fórmulas infantis, o que foi relacionado a um risco aumentado de asma.

Um dos achados mais importantes foi a presença precoce da bactéria Ruminococcus gnavus nos intestinos de bebês desmamados cedo, o que pode interferir no sistema imunológico e aumentar o risco de doenças respiratórias. A pesquisa também mostrou que o impacto da amamentação no microbioma infantil pode ser previsto com algoritmos de aprendizado de máquina, que indicam o risco de asma anos antes de os sintomas aparecerem.

Essas descobertas reforçam a importância de promover a amamentação para melhorar a saúde respiratória e prevenir doenças em crianças. Os resultados podem contribuir para o desenvolvimento de diretrizes mais precisas sobre a amamentação e estratégias para proteger bebês que não podem ser amamentados.

Fonte: Cell. DOI: 10.1016/j.cell.2024.07.022.

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