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Amamentação promove o microbioma infantil saudável e reduz o risco de asma

09 de maio de 2025 (Bibliomed). Um estudo realizado na New York University, nos Estados Unidos, concluiu que a amamentação durante o primeiro ano de vida dos bebês pode reduzir o risco de asma ao colonizar seus corpos com uma mistura saudável de micróbios. Os resultados mostram que a amamentação além dos três meses promoveu a maturação gradual do microbioma intestinal do bebê. Por outro lado, interromper a amamentação antes dos três meses interrompe o desenvolvimento do microbioma e está associado a um risco maior de asma pré-escolar.

O leite materno contém açúcares complexos e outros nutrientes que estimulam o crescimento de micróbios saudáveis no intestino. Porém, a fórmula para bebês contém nutrientes que promovem o crescimento de um conjunto diferente de micróbios. Enquanto muitos micróbios que prosperam na fórmula eventualmente se desenvolvem em todos os bebês, sua chegada precoce está ligada a um risco aumentado de asma.

Para o estudo, os pesquisadores monitoraram o fluxo e refluxo de micróbios no intestino e no nariz de bebês durante o primeiro ano de vida, extraídos de um projeto de pesquisa de saúde de longo prazo envolvendo 3.500 crianças canadenses. Pesquisadores descobriram que uma espécie bacteriana chamada Ruminococcus gnavus aparece muito mais cedo no intestino de crianças desmamadas precocemente do leite materno. Sabe-se que essa bactéria está envolvida na formação e degradação do triptofano, um aminoácido que tem sido associado a problemas do sistema imunológico, como asma.

Como resultado, o microbioma de uma criança desempenha um papel crucial no desenvolvimento de seu sistema imunológico, disseram os pesquisadores. A duração da amamentação desempenhou um papel importante no microbioma do bebê, mesmo depois que outros fatores foram levados em consideração, como exposição à fumaça ou antibióticos. Com base em suas descobertas, eles criaram um modelo de computador que mostrou que a principal maneira pela qual a amamentação reduz o risco de asma é moldando o microbioma do bebê.

Fonte: Cell. DOI: 10.1016/j.cell.2024.07.022.