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18 de outubro de 2024 (Bibliomed). As mudanças climáticas estão prejudicando a saúde cardíaca das pessoas ao redor do mundo, alerta uma nova revisão realizada na Beth Israel Deaconess Medical Center's Center for Outcomes Research, nos Estados Unidos.
Os pesquisadores avaliaram dados de quase 500 estudos anteriores conduzidos entre 1970 e 2023. Todos os estudos analisaram associações entre saúde cardíaca e fenômenos climáticos, incluindo temperaturas extremas, fumaça de incêndios florestais, poluição de ozônio, intrusão de água salgada e eventos como furacões, tempestades de poeira e secas.
Os resultados mostraram que a saúde cardíaca de adultos mais velhos, grupos minoritários e pobres é desproporcionalmente afetada pelas mudanças climáticas. Além disso, o risco à saúde cardíaca representado por eventos climáticos extremos pode durar meses ou anos após o perigo inicial.
Por exemplo, o risco de morte por doença cardíaca permaneceu elevado até um ano após o furacão Sandy, que causou quase US$ 20 bilhões em danos somente na cidade de Nova York em 2012.
Além disso, alguns eventos como incêndios florestais podem causar risco generalizado a pessoas a centenas de quilômetros do evento real. A fumaça de incêndios florestais aumenta o risco de parada cardíaca e outros problemas de saúde cardíaca.
Segundo os pesquisadores, as maneiras pelas quais mudanças climáticas podem impactar a saúde cardíaca incluem:
- O calor extremo causa aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial.
- A fumaça de incêndios florestais pode desencadear inflamação sistêmica.
- Desastres naturais causam sofrimento mental.
- Furacões e inundações podem interromper a assistência médica das pessoas.
Segundo os pesquisadores, mais pesquisas também precisam ser feitas para avaliar o risco à saúde cardíaca das mudanças climáticas em nações mais pobres, onde as pessoas podem estar em risco ainda maior. Embora faltem dados sobre os resultados em países de baixa renda, o estudo mostra que vários dos estressores ambientais que já estão aumentando em frequência e intensidade com as mudanças climáticas estão relacionados ao aumento do risco cardiovascular.
Fonte: JAMA Cardiology. DOI: 10.1001/jamacardio.2024.1321.
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