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24 de janeiro de 2025 (Bibliomed). Um estudo publicado na revista The Lancet Regional Health – Americas destacou a importância de adaptar os sistemas de vigilância em saúde pública para monitorar os impactos das mudanças climáticas na saúde. A pesquisa, uma revisão sistemática de indicadores de saúde relacionados ao clima, revelou que muitos dos sistemas de monitoramento existentes ainda não integram esses indicadores de forma eficaz, o que pode dificultar a tomada de decisões em saúde pública.
A equipe de pesquisadores analisou 41 estudos para identificar indicadores que possam ser utilizados para monitorar riscos à saúde associados ao clima. Esses indicadores variam desde doenças transmitidas por vetores (como dengue e malária) até problemas de saúde relacionados à temperatura, como aumento de doenças respiratórias e desidratação. A análise identificou que as doenças transmitidas por água e alimentos e os problemas de saúde decorrentes de variações extremas de temperatura são de alta prioridade e poderiam ser mais facilmente integrados aos sistemas locais de vigilância.
O estudo usou o Chile como caso de análise para explorar como os sistemas locais podem adotar indicadores relevantes para monitorar os impactos das mudanças climáticas na saúde. A pesquisa sugere que a adaptação dos sistemas de vigilância para incluir indicadores climáticos pode ser um passo importante para ajudar as comunidades a se prepararem para os riscos crescentes à saúde causados pelo aquecimento global.
Diante do aumento de eventos climáticos extremos, como ondas de calor e inundações, os pesquisadores defendem uma abordagem personalizada para cada localidade, considerando suas particularidades climáticas e sociais. Essa adaptação poderia, segundo o estudo, melhorar a eficácia das intervenções e políticas de saúde.
Fonte: The Lancet Regional Health – Americas. DOI: 10.1016/j.lana.2024.100854.
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