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Alimentos ultraprocessados aumentam o risco de morte

14 de junho de 2024 (Bibliomed).Um estudo recente americano mostrou que o consumo elevado de alimentos ultraprocessados pode estar associado a um aumento na mortalidade geral, especialmente por causas não relacionadas a câncer ou doenças cardiovasculares. A pesquisa acompanhou 74.563 mulheres e 39.501 homens ao longo de mais de três décadas, todos sem histórico de câncer, doenças cardiovasculares ou diabetes no início do estudo.

Os resultados indicaram que, comparados aos participantes que consumiam menos alimentos ultraprocessados, aqueles no quartil mais alto de consumo apresentaram um aumento de 4% na mortalidade geral e de 9% na mortalidade por outras causas, como doenças respiratórias e neurodegenerativas. Especificamente, produtos prontos para consumo à base de carne, aves e frutos do mar mostraram associações particularmente fortes com os resultados de mortalidade, com taxas de risco variando de 1,06 a 1,43.

Além disso, bebidas adoçadas com açúcar e artificialmente adoçadas, sobremesas à base de laticínios e alimentos ultraprocessados para o café da manhã também foram associados a um aumento na mortalidade geral. No entanto, não foram encontradas associações significativas para mortes por câncer ou doenças cardiovasculares.

O estudo também destacou que uma melhor qualidade da dieta, avaliada pelo Índice Alternativo de Alimentação Saudável de 2010, mostrou uma associação inversa com a mortalidade, independentemente do consumo de alimentos ultraprocessados.

Esses achados reforçam a importância de escolhas alimentares saudáveis e sugerem a necessidade de políticas que promovam dietas menos dependentes de alimentos altamente processados, visando uma melhoria na saúde pública.

Fonte: BMJ. DOI: 10.1136/bmj-2023-078476.

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