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Chefe de Hospital em Uganda Morre de Ebola

KAMPALA, Uganda (Reuters) - O médico ugandense que liderava a luta contra a febre hemorrágica do Ebola em Uganda morreu com o vírus na manhã de terça-feira, aumentando a cifra de vítimas fatais da doença para 156, disseram fontes oficiais do Ministério da Saúde.

"Por volta da 1h20 da madrugada perdemos um dos mais valentes filhos do país, um homem que dirigia a batalha contra o Ebola em Gulu, o falecido doutor Matthew Lukwiya", disse aos jornalistas Alex Opio, assistente para o controle de doenças na área.

Lukwiya, superintendente médico do hospital de St Mary de Lacor, onde a epidemia do Ebola começou em setembro, foi o primeiro a perceber que uma febre hemorrágica viral poderia ser a causa das mortes na região.

"Foi ele quem atraiu a atenção do mundo", disse Ray Arthur, coordenador de Ebola da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Gulu. "Possivelmente ele se infectou ao atender um dos doentes do hospital", acrescentou.

O bem-equipado hospital de Lacor, 6 quilômetros a oeste do povoado de Gulu, atendeu a maioria dos 370 casos de Ebola no distrito, mas nas últimas semanas várias enfermeiras morreram por causa do vírus.

"O vírus do Ebola não perdoa. Basta um pequeno erro para infectar o indivíduo", disse Arthur.

O cansaço por longas horas de trabalho em condições estressantes pode ter sido uma das causas das mortes de Lukwiya e de 12 enfermeiras nos hospitais de Lacor e Gulu desde o início da epidemia. Não há cura para o Ebola, mas cientistas em Paris anunciaram na semana passada resultados satisfatórios com testes de uma vacina em macacos.

A maioria das vítimas do Ebola morreu de choque (por falta de sangue), depois de vários dias com febre alta, dores no peito, vômito e hemorragia interna. Os médicos pouco podem fazer a não ser dar algum alívio com reidratação.

Sinopse preparada por Reuters Health

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