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Exame de ultrassom pode detectar risco de parto prematuro

03 de maio de 2024 (Bibliomed). Exames de ultrassom que detectam alterações “microestruturais” no colo do útero de uma mulher podem indicar que ela tem um risco maior de parto prematuro, indica estudo realizado na Universidade de Illinois Chicago, nos Estados Unidos.

Os exames foram feitos já na 23ª semana de gravidez e podem ajudar a avaliar os riscos de parto “prematuro”, mesmo entre mães de primeira viagem.

Os pesquisadores explicam que, até o momento, a única pista de que uma gravidez pode terminar em parto prematuro é o histórico de nascimentos anteriores da mulher. Isso significa que os médicos não podem prever o parto prematuro em mulheres que dão à luz pela primeira vez.

A equipe da Universidade Illinois Chicago trabalha há anos no aprimoramento de tecnologias de ultrassom, procurando indícios de que uma mulher pode não ter um parto a termo. A forma de exame usada no novo estudo é chamada de “ultrassom quantitativo”.

Em vez de confiar apenas em uma imagem visual, os médicos também usam dados de radiofrequência obtidos no ultrassom para avaliar a densidade de vários tecidos.

Os pesquisadores estudaram a gravidez de 429 mulheres que deram à luz sem indução. Usando ultrassom quantitativo para detectar alterações microestruturais no tecido cervical, os pesquisadores descobriram que os exames eram eficazes na previsão de quais mães pela primeira vez teriam ou não parto prematuro. A estratégia foi ainda mais eficaz entre mães que já haviam dado à luz.

A combinação de dados do ultrassom com qualquer histórico anterior de parto prematuro foi mais eficaz na previsão de um nascimento prematuro subsequente do que usar qualquer uma das medidas isoladamente.

Segundo os pesquisadores, se os médicos soubessem, às 23 semanas de gestação, que havia maior probabilidade de parto prematuro, eles marcariam consultas mais frequentes para monitorar a saúde do feto.

Fonte: American Journal of Obstetrics & Gynecology. DOI: 10.1016/j.ajogmf.2023.101250.

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