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Inteligência Artificial poderia diagnosticar autismo mais precocemente em crianças

03 de janeiro de 2024 (Bibliomed). Um novo sistema de inteligência artificial poderia diagnosticar o autismo muito mais cedo em crianças, aponta pesquisa realizada na Universidade de Louisville, nos Estados Unidos. O sistema que analisa ressonâncias magnéticas especializadas do cérebro diagnosticou com precisão crianças entre 24 e 48 meses de idade com autismo, com uma taxa de precisão de 98,5%.

O sistema de IA envolve o isolamento de imagens de tecido cerebral das varreduras DT-MRI e a extração de marcadores de imagem que indicam o nível de conectividade entre as regiões cerebrais. Um algoritmo de aprendizado de máquina compara os padrões de marcadores nos cérebros de crianças com autismo com aqueles com cérebros normalmente desenvolvidos.

Os pesquisadores explicam que o autismo é causado, principalmente, por conexões inadequadas dentro do cérebro, e a DT-MRI captura essas conexões anormais que levam aos sintomas que as crianças com autismo costumam apresentar, como comunicação social prejudicada e comportamentos repetitivos.

Os pesquisadores aplicaram a metodologia às varreduras cerebrais DT-MRI de 226 crianças com idades entre 24 e 48 meses do Autism Brain Imaging Data Exchange-II. O conjunto de dados incluiu exames de 126 crianças afetadas pelo autismo e 100 crianças com desenvolvimento normal.

A intervenção terapêutica antes dos três anos de idade foi capaz de levar a melhores resultados, incluindo o potencial para os indivíduos com autismo alcançarem maior independência e QI mais elevados.

Para os autores, uma avaliação do autismo começaria com o sistema de IA, seguida por uma sessão abreviada com um psicólogo para confirmar os resultados e orientar os pais sobre os próximos passos.

Fonte: Biomedicines. DOI: 10.3390/biomedicines11071858.

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