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26 de julho de 2023 (Bibliomed). Um estudo da Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos, descobriu que a atenção das crianças para a fala estridente e cantada - ou "conversa de bebê" - pode fornecer um diagnóstico precoce e tratamento do transtorno do espectro do autismo.
O estudo descobriu que níveis mais baixos de atenção a um estilo de fala lúdico, chamado manhês ou parentese, podem ajudar a diagnosticar problemas de linguagem e sociais em crianças mais cedo. Padrões de fala manhês ou parenteses são caracterizados por entonação exagerada, gramática simples, tom alto e ritmo lento.
Os pesquisadores estudaram mais de 600 crianças, com idades entre 12 e 48 meses, e acompanharam o movimento dos olhos durante vídeos com uma atriz falando manhês. Dependendo de quanto tempo cada criança se fixou na pessoa e na conversa do bebê, os pesquisadores foram capazes de determinar a probabilidade de as crianças terem transtorno do espectro autista.
Os autores explicam que se uma criança com fixação na fala do manhês igual ou inferior a 30%, a probabilidade dessa criança ser identificada com precisão como TEA era de 94% e significava uma associação com habilidades sociais e de linguagem reduzidas. Essas crianças com transtorno do espectro do autismo, que mostraram os níveis mais baixos de atenção à fala manhês e tinham habilidades sociais e de linguagem mais fracas, eram candidatas a tratamento precoce.
Segundo os pesquisadores, esses resultados são importantes porque sabe-se que quanto mais precocemente se diagnostica o autismo e se inicia o tratamento, mais eficaz ele será, só que a maioria das crianças não recebe um diagnóstico formal até os 3 ou 4 anos de idade.
Fonte: JAMA Network Open. DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2022.55125.
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