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20 de outubro de 2023 (Bibliomed). Mulheres com doenças mentais, deficiência neuropsiquiátrica ou abuso de substâncias têm até duas vezes mais chances de desenvolverem câncer de colo do útero. Elas também são menos propensas a realizarem exames de triagem para esse tipo de câncer, indica estudo do Karolinska Institute, na Suécia.
O estudo incluiu mais de 4 milhões de mulheres nascidas entre 1940 e 1995. Os pesquisadores calcularam o risco de câncer cervical e lesões cervicais pré-cancerosas, bem como a participação das mulheres em programas de triagem. Eles compararam mulheres diagnosticadas com uso de substâncias ou transtorno de saúde mental ou deficiência com mulheres que não tiveram esses diagnósticos. O risco de câncer foi elevado com todos esses diagnósticos, principalmente com o abuso de substâncias.
Em 2020, a Organização Mundial da Saúde anunciou uma estratégia global para eliminar o câncer do colo do útero. O objetivo é rastrear 70% das mulheres para a doença pelo menos uma vez antes dos 35 anos e duas vezes antes dos 45 anos. Para os autores, o cuidado desigual é um grande obstáculo para atingir esse objetivo, uma vez que mulheres com doenças mentais estão menos conscientes sobre a importância da realização de exames de triagem, e em muitos países, as mulheres não têm fácil acesso a esses testes.
Fonte: The Lancet Public Health. DOI: 10.1016/S2468-2667(23)00026-9.
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