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Sobreviventes de câncer no colo do útero podem desenvolver transtornos mentais

01 de fevereiro de 2024 (Bibliomed). Um estudo de coorte que acompanhou 20.177 pacientes com câncer no colo do útero, diagnosticados entre 1978 e 2018, trouxe novas informações sobre os padrões de sobrevivência desses pacientes, destacando o impacto das doenças mentais pré-existentes.

Os resultados do estudo mostraram que pacientes com um diagnóstico prévio de transtorno mental enfrentaram um risco de morte 32% maior por qualquer causa e um risco 23% maior de morte devido ao câncer no colo do útero em comparação com pacientes sem esse histórico. Mesmo após o ajuste para as características do câncer no momento do diagnóstico, os riscos permaneceram elevados em 19% e 12%, respectivamente. No entanto, a diferença no risco de morte devido ao câncer no colo do útero não foi estatisticamente significativa após o ajuste.

Esses achados sugerem que pacientes com câncer no colo do útero e diagnóstico prévio de transtorno mental enfrentam maior mortalidade global e específica do câncer no colo do útero. Parte dessa diferença pode ser atribuída às características do câncer e sociodemográficas no momento do diagnóstico.

O estudo também destacou a disparidade de saúde enfrentada por indivíduos com transtornos mentais, que são menos propensos a participar de triagens de câncer no colo do útero e vacinação contra o papilomavírus humano. Além disso, essa população pode se beneficiar menos da prevenção terciária do câncer.

Os dados para a pesquisa foram obtidos de registros suecos, e a análise foi realizada entre março e setembro de 2022. Os resultados enfatizam a importância de abordagens integradas na saúde, visando tanto a saúde mental quanto a prevenção e tratamento do câncer no colo do útero em populações vulneráveis.

Fonte: JAMA Network Open. DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2023.36213.

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