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Vacinação contra Covid-19 está associada a menos eventos cardiovasculares

08 de setembro de 2023 (Bibliomed). Analisando os conjuntos de dados mais extensos nos Estados Unidos, pesquisadores da Escola de Medicina Icahn no Mount Sinai revelaram que a vacinação contra o Covid-19 está associada a menos infartos do miocárdio, acidentes vasculares cerebrais e outros problemas cardiovasculares entre pessoas infectadas com SARS-CoV -2, o vírus que causa a Covid-19.

A carta de pesquisa, "Impacto da vacinação nos principais eventos cardiovasculares adversos em pacientes com infecção por Covid-19" ("Impact of Vaccination on Major Adverse Cardiovascular Events in Patients with Covid-19 Infection"), foi publicada no Journal of the American College of Cardiology em 20 de fevereiro de 2023.

Além disso, a pesquisa foi apresentada em uma sessão de pôsteres em Nova Orleans, na 72ª Sessão Científica Anual do American College of Cardiology 2023, juntamente com o Congresso Mundial de Cardiologia da Federação Mundial do Coração.

É o primeiro estudo a examinar a vacinação total e parcial e a ligação com eventos cardíacos adversos graves nos Estados Unidos, confirmando análises semelhantes realizadas anteriormente usando o registro coreano de Covid-19. Os pesquisadores usaram o banco de dados National Covid Cohort Collaborative (N3C), o maior banco de dados nacional abrangente sobre o Covid-19.

Desde a sua criação em 2020, o N3C coletou e harmonizou continuamente dados de registros eletrônicos de saúde de instituições em todo o país. Foram incluídos neste estudo 1.934.294 pacientes, 217.843 dos quais receberam formulações de vacinas de mRNA da Pfizer-BioNTech ou Moderna ou tecnologia de vetor viral da Johnson & Johnson. Os riscos proporcionais de Cox, uma técnica estatística, foram implementados para avaliar a associação da vacinação com MACE.

Para surpresados pesquisadores, mesmo a vacinação parcial foi associada a um menor risco de eventos cardiovasculares adversos. Dada a magnitude da infecção por SARS-CoV-2 em todo o mundo, espera-se que essas descobertas possam ajudar a melhorar as taxas de vacinação, especialmente em indivíduos com condições coexistentes.

Fonte: Journal of the American College of Cardiology (2023). DOI: 10.1016/j.jacc.2022.12.006

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