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Problema na Tireóide Aumenta Risco de Aborto Espontâneo

LONDRES (Reuters) - Submeter mulheres grávidas a testes que identifiquem problemas na tireóide deveria ser uma prática adotada nos exames pré-natais, pois reduziria os riscos de aborto espontâneo, afirmaram médicos norte-americanos na quarta-feira.

Pesquisas recentes realizadas pela Fundação para o Estudo do Sangue, dos EUA, mostraram que as mulheres grávidas com hipertireoidismo ou com atividade da tireóide abaixo do normal apresentam chances quatro vezes maiores de sofrer um aborto entre o segundo e o terceiro mês de gravidez do que outras mulheres.

"Essa é a primeira vez que a relação com o aborto foi comprovada em um estudo populacional", afirmou o médico James Haddow, em uma entrevista por telefone.

A tireóide é uma glândula do pescoço que regula os batimentos cardíacos, o metabolismo, o crescimento, a função cognitiva e o humor da pessoa.

Mulheres grávidas com alterações na tireóide sofrem de pressão alta e mostram-se mais propensas a ter complicações e sofrer aborto.

Em um artigo publicado na revista Journal of Medical Screening, o médico C.W. Allan e sua equipe apresentam um estudo com 9.000 mulheres grávidas. Segundo esse estudo, as mães com alterações na tireóide apresentam uma chance de 3,8 por cento de sofrer aborto espontâneo.

As mulheres grávidas que não têm problemas na glândula possuem uma chance de 0,9 por cento de sofrerem o aborto.

Sinopse preparada por Reuters Health

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