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Mulheres têm vantagem molecular na recuperação de lesão renal

16 de março de 2023 (Bibliomed). As mulheres tendem a ser mais capazes do que os homens de se recuperar de uma lesão renal, mas por quê? Aparentemente, elas têm uma vantagem no nível molecular que as protege de uma forma de morte celular que ocorre em rins danificados, descobriu um novo estudo da Duke University, nos Estados Unidos.

Realizado com camundongos, o estudo analisou uma forma de morte celular chamada ferroptose, que depende do ferro e do estresse oxidativo, e foi identificada como um fator-chave nas doenças renais.

Os pesquisadores usaram um tipo especial de análise de RNA em camundongos. Eles descobriram que ser do sexo feminino confere proteção impressionante contra a ferroptose por meio de uma via específica chamada fator nuclear 2 relacionado ao eritroide 2 (NRF2).

Este NRF2 é altamente ativo em mulheres. Nos homens, o hormônio sexual testosterona reduz a atividade do NRF2 e isso promove a ferroptose e prejudica a resiliência celular na lesão renal.

Os autores fizeram experimentos adicionais, descobrindo que ativar quimicamente o NRF2 protegia as células renais masculinas da ferroptose. Isso significa que o NRF2 pode ser um potencial alvo de tratamento para promover o reparo renal após lesão renal aguda.

De acordo com os autores, ao identificar o mecanismo no qual o ambiente hormonal feminino protege e o ambiente hormonal masculino agrava lesões renais agudas e crônicas, eles acreditam que xiste um forte potencial para aumentar a resiliência dos rins.

Fonte: Cell Reports. DOI: 10.1016/j.celrep.2022.111610.