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Suicidas podem apresentar alterações no cérebro e sangue

05 de maio de 2024 (Bibliomed). Pessoas que cometeram suicídio têm alterações no sangue e no cérebro, é o que mostra um estudo realizado na Universidade Federal de Santa Catarina. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que mais de 700 mil pessoas cometem suicídio todos os anos. São diversos os fatores de risco associados ao risco de suicídio, incluindo histórico familiar, traços de personalidade, condições socioeconômicas, exposição a ideias nocivas nas mídias sociais e presença de transtornos psiquiátricos.

No estudo, os pesquisadores revisaram a analisaram uma grande quantidade de dados disponíveis na literatura científica sobre alterações moleculares encontradas no cérebro e no sangue de indivíduos que cometeram suicídio.

Os pesquisadores usaram diferentes ferramentas para avaliar e comparar os genes, proteínas e metabólitos presentes nas amostras e descobriram grandes desregulações nas vias associadas às células gliais, neurotransmissão, neuroplasticidade e sobrevivência celular, respostas imunes e homeostase energética.

Além disso, foram encontradas alterações em moléculas envolvidas nas respostas imunes, poliaminas, transporte lipídico, homeostase energética e metabolismo de aminoácidos e ácidos nucléicos.

Para os autores, estudos como este abrem caminho para o desenvolvimento de ferramentas diagnósticas objetivas, que possam captar o risco presente em pacientes e que possam escapar à detecção por meio de entrevistas com médicos ou terapeutas.

Fonte: Psychiatry Research. DOI: 10.1016/j.psychres.2023.115682.

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