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Imunoterapia pode diminuir tumores de pele antes de cirurgia

14 de fevereiro de 2023 (Bibliomed). Mais de seis em cada 10 pacientes com um estágio avançado de um tipo comum de câncer de pele viram seus tumores quase ou completamente desaparecer quando tratados com imunoterapia antes da cirurgia - resultados que provavelmente mudarão a forma como os médicos tratam esses cânceres.

O padrão atual de tratamento do câncer envolve excisão cirúrgica e radiação, que podem causar desfiguração e perda de funções importantes, como visão, audição ou olfato. Os pesquisadores disseram que a imunoterapia pré-cirúrgica permitiu cirurgias "menos invasivas e que preservam a função" em alguns casos.

O ensaio clínico envolveu 79 participantes distribuídos por Estados Unidos, Austrália e Europa, a maioria homens, com média de 73 anos de idade, com carcinoma de células escamosas cutâneo estágios II a IV.

Cinquenta e um por centos dos participantes, tratados com até quatro doses do medicamento cemiplimab, tiveram o que é chamado de "resposta patológica completa", o que significa que nenhuma célula tumoral foi encontrada na cirurgia. Outros 13% dos pacientes tiveram uma "resposta patológica importante", o que significa que menos de 10% de um tumor viável foi encontrado na cirurgia.

Dos 79 participantes, 70 foram submetidos à cirurgia. Dos nove pacientes que não fizeram cirurgia, três recusaram porque os exames de imagem mostraram que o câncer respondeu à imunoterapia, dois não fizeram acompanhamento, dois tiveram doença progressiva e dois sofreram eventos adversos. Quatorze pacientes experimentaram eventos adversos graves, mas não imediatamente, com risco de vida. Os efeitos colaterais mais comuns foram fadiga (30%), erupção cutânea (14%), diarreia (14%) e náusea (14%). Quatro pacientes faleceram, e no óbito, uma exacerbação da insuficiência cardíaca, foi considerada relacionada ao tratamento.

Os pesquisadores continuarão a acompanhar os participantes e esperam bordar questões ainda não respondidas sobre o número ideal de doses antes da cirurgia, além de determinar quais pacientes podem evitar radiação ou cirurgia com segurança e como prever quais pacientes têm maior probabilidade de responder à imunoterapia.

Fonte: European Society for Medical Oncology Congress 2022.