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Imunoterapia pode aumentar sobrevida de pacientes com câncer de pulmão

02 de maio de 2022 (Bibliomed). Uma combinação de imunoterapia e quimioterapia matou completamente todas as células cancerígenas em 24% dos pacientes que a receberam versus 2% dos pacientes apenas com quimioterapia, apontou um novo estudo do Dana-Farber Cancer Institute, nos Estados Unidos.

A técnica consiste em combinar imunoterapia com quimioterapia para diminuir os cânceres de pulmão antes de removê-los cirurgicamente. A terapia combinada reduziu o risco de recorrência, progressão ou morte em 37% em comparação com pacientes que receberam quimioterapia sozinha.

No estudo, os pesquisadores testaram se a adição de nivolumab à quimioterapia padrão poderia reduzir os tumores de forma mais eficaz antes da cirurgia e também reduzir o risco de retorno do câncer. Nivolumab funciona bloqueando um processo pelo qual as células cancerosas evitam a detecção pelo sistema imunológico.

Cerca de 20% a 25% dos pacientes diagnosticados com câncer de pulmão de células não pequenas têm um tumor que pode ser removido cirurgicamente, mas cerca de 55% dos pacientes com câncer de pulmão que têm seus tumores removidos sofrem de recorrência do câncer e, eventualmente, morrem.

Participaram do estudo 179 pacientes que foram designados para receber a combinação nivolumab/quimioterapia antes da cirurgia. Um número igual foi selecionado aleatoriamente para receber quimioterapia sozinha. Todos os pacientes tinham tumores que podiam ser removidos cirurgicamente e tinham diagnóstico de câncer entre os estágios 1B e 3A.

Os pacientes que receberam a terapia combinada antes da cirurgia tiveram uma taxa média de sobrevida livre de eventos de 31,6 meses, em comparação com 20,8 meses para pacientes tratados apenas com quimioterapia. A terapia combinada não apenas fez um trabalho melhor matando as células cancerígenas, mas o fez sem aumentar significativamente os efeitos colaterais.

Fonte: New England Journal of Medicine.DOI: 10.1056/NEJMoa2202170.