Notícias de saúde

Cuidar da saúde mental das mães é fundamental para garantir saúde dos filhos

29 de dezembro de 2022 (Bibliomed). Estudo recente publicado em Pediatrics teve dois objetivos: primeiro, aproveitar 15 anos de dados longitudinais, de crianças de 2 a 17 anos, para examinar se os sintomas depressivos maternos na primeira e na média infância e na adolescência predizem os comportamentos não saudáveis de seus filhos durante a adolescência; em segundo lugar, examinar se o momento dos sintomas depressivos maternos ou comportamentos não saudáveis específicos são importantes e se os sintomas depressivos infantis e o índice de massa corporal explicam essas associações.

Os dados vieram de uma amostra prospectiva-longitudinal da comunidade com dados de vários informantes (N=213) de crianças de 2 a 17 anos. Um índice cumulativo de comportamento não saudável do adolescente foi calculado, somando a presença de sono ruim, dieta ruim, inatividade física, comportamento sedentário e tabagismo. Análises de regressão examinaram associações de sintomas depressivos maternos na primeira infância (2 a 5 anos), média infância (7 a 10 anos) e adolescência (15 anos) com comportamentos não saudáveis de adolescentes (16 a 17 anos). Efeitos indiretos de sintomas depressivos infantis e índice de massa corporal foram testados.

Nos resultados, verificou-se que os comportamentos não saudáveis dos adolescentes foram comuns (por exemplo, 2 em cada 3 se envolveram em pelo menos 1 comportamento não saudável). Os sintomas depressivos maternos na primeira infância foram associados a comportamentos não saudáveis do adolescente por meio de efeitos indiretos envolvendo os sintomas depressivos das crianças e a continuidade dos sintomas depressivos maternos.

Portanto, os sintomas depressivos maternos estão associados ao número de comportamentos não saudáveis na adolescência, tanto direta quanto indiretamente. Promover a saúde mental das mães pode ser crucial para promover os comportamentos saudáveis e a saúde das crianças.

Fonte: Pediatrics. DOI: 10.1542/peds.2022-056562.