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Implante cerebral pode reduzir sintomas de TOC

30 de novembro de 2022 (Bibliomed). Quando os tratamentos tradicionais falham em ajudar pacientes com transtorno obsessivo-compulsivo grave (TOC), um implante que zapeia o cérebro com pulsos elétricos pode ser capaz de ajudá-los. É o que indica estudo da Baylor College of Medicine, nos Estados Unidos.

Conhecido como "estimulação cerebral profunda" (DBS), o tratamento poderá oferecer alívio significativo para até dois terços desses pacientes. Em média, pode reduzir os sintomas desencadeados pelo TOC em quase metade.

O transtorno obsessivo-compulsivo grave (TOC) envolve pensamentos intrusivos e incômodos que o indivíduo não consegue silenciar, e compulsões que são comportamentos repetitivos e ritualísticos realizados para reduzir a ansiedade produzida por essas. Estima-se que 3% da população global seja afetada.

Os pesquisadores revisaram s resultados de 31 estudos realizados entre 2005 e 2021. Coletivamente, os estudos incluíram 345 pacientes adultos com TOC, com idade média de 40 anos. Todos haviam lutado contra uma forma grave a extrema de TOC que não havia respondido aos tratamentos padrão.

Em média, os participantes passaram quase 25 anos lutando contra os sintomas incapacitantes do TOC. Muitos também sofriam de depressão, ansiedade e/ou transtornos de personalidade. A revisão mostrou que após um período médio de tratamento de cerca de dois anos, o DBS produziu melhorias notáveis nos sintomas em dois terços dos pacientes. Em média, os sintomas diminuíram 47%. Um alívio significativo da depressão também foi atribuído ao tratamento DBS. Os estudos descobriram que eliminou o problema em metade dos pacientes para os quais havia sido uma preocupação.

Os estudos também encontraram desvantagens na terapia DBS: cerca de um em cada cinco pacientes experimentou pelo menos um efeito colateral grave do DBS, o que pode incluir um risco aumentado de convulsões, tentativas de suicídio, acidente vascular cerebral e novos sintomas de TOC ligados ao próprio DBS.

Fonte: Journal of Neurology, Neurosurgery & Psychiatry. DOI: 10.1136/jnnp-2021-328738.

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