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Racismo pode dificultar recuperação pós infarto

10 de novembro de 2022 (Bibliomed). Pessoas que são vítimas de discriminação racial são mais propensas a terem dificuldades de se recuperar de um ataque cardíaco, indica estudo da Yale School of Public Health, nos Estados Unidos.

Ao estudar mais de 2.600 sobreviventes de ataques cardíacos com idades entre 18 e 55 anos, os pesquisadores descobriram que aqueles que relataram mais discriminação percebida eram mais propensos a ter resultados piores. Um ano após os ataques cardíacos, eles apresentavam mais limitações físicas e dores no peito, menor qualidade de vida e saúde mental prejudicada.

Os pesquisadores usaram o estudo VIRGO (Variation in Recovery: Role of Gender on Outcomes of Young AMI Patients) para analisar os resultados de saúde após um ataque cardíaco. Os 2.670 participantes foram tratados no hospital por ataques cardíacos entre 2008 e 2012. Cerca de 76% eram brancos, 17% eram negros e 6% identificaram sua raça como "outra", que incluía índios americanos/nativos do Alasca, asiáticos, ilhéus do Pacífico e índios do leste. A etnia foi considerada à parte da raça, e quase 8% dos participantes se identificaram como hispânicos.

Os pacientes completaram três questionários um mês após o ataque cardíaco e novamente na marca de 12 meses. Cerca de um terço dos participantes disseram que sofreram discriminação em suas vidas cotidianas. A maior exposição a esse comportamento foi associada à pior recuperação do ataque cardíaco no Seattle Angina Questionnaire, que pergunta sobre frequência e duração da dor torácica, estabilidade física e satisfação com o tratamento.

A discriminação percebida – ser tratado injustamente por causa de características pessoais como raça, gênero ou orientação sexual – já estava associada a fatores de risco para ter um ataque cardíaco. Os pesquisadores explicam que a discriminação é um estressor crônico, o que aumenta o risco de inflamações e prejudicar a saúde.

Fonte: American Heart Association Annual Meeting 2022.

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