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Funcionários de laboratório podem testar positivo para COVID-19

03 de novembro de 2022 (Bibliomed). Para alguns funcionários de laboratório, um teste positivo para SARS-CoV-2 pode indicar com mais precisão uma exposição ocupacional em vez de uma infecção viral. Em um estudo publicado na revista Microbiology Spectrum, pesquisadores de Seattle, Estados Unidos, relatam um pequeno grupo de funcionários de laboratório cujos testes falsos positivos para o vírus não vieram do RNA viral, mas de um pedaço de DNA geralmente inofensivo, chamado plasmídeo, que é comumente usado para estudar o vírus.

Segundo autores do estudo, os plasmídeos são pequenas estruturas de DNA comumente encontradas em bactérias, udsadas no laboratório para produzir proteínas. Neste caso, o plasmídeo parecia se localizar nos narizes das pessoas que trabalhavam com ele. O estudo também mostrou que os plasmídeos podem se espalhar para outros membros da família de uma pessoa.

O número de pessoas assintomáticas que testam positivo e trabalham com plasmídeos SARS-CoV-2 em laboratórios é desconhecido, pois é improvável que a maioria seja testada quando assintomática. Mais importante, o novo estudo revelou que os plasmídeos podem permanecer no nariz, provavelmente dentro de bactérias, por semanas. Eles podem interferir nos testes de diagnóstico clínico. Quando os médicos interpretam os resultados do diagnóstico, deve-se considerar a exposição ocupacional do paciente, bem como seu histórico médico.

Neste novo estudo, ficou comprovado que em todos os casos testados, o material detectado veio do plasmídeo, não do vírus. Vários ensaios de PCR realizados nas amostras amplificaram sequências de DNA exclusivas do plasmídeo usado no laboratório, mas não regiões do RNA do SARS-CoV-2. As seuqencias de DNA se mantiveram nos narizes destas pessoas por longos períodos de tempo, seja em tecidos nasais ou em bactérias. Os pesquisadores provavelmente foram expostos ao plasmídeo através de seu trabalho de laboratório.

As descobertas levantam outras questões que permanecem sem resposta. Agora os pesquisadores estão curiosos: será que o plasmídeo vacinou essas pessoas?

Fonte: Microbiology Spectrum (2022). DOI: 10.1128/spectrum.01695-22

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