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EUA: 14 estados não oferecem mais aborto legal

11 de outubro de 2022 (Bibliomed). Quatorze estados dos EUA carecem de serviços de aborto após o fechamento de 66 clínicas desde a decisão da Suprema Corte que dificultou o acesso ao aborto legal. Com isso, muitas mulheres que precisam realizar um aborto por questões de saúde, ou aquelas que antes tinham assegurado o direito de escolha sobre manter ou não a gestação estão tendo dificuldades para realizar o procedimento.

Um relatório do Instituto Guttmacher, uma organização sem fins lucrativos focada em direitos reprodutivos, descobriu que 66 de 79 clínicas em 15 estados foram forçadas a parar de oferecer assistência ao aborto devido a leis que exigem proibições completas ou proibições após seis semanas de gestação.

As outras 13 clínicas estavam todas na Geórgia, que proíbe o aborto após seis semanas, deixando 14 estados sem provedores: Alabama, Arizona, Arkansas, Idaho, Kentucky, Louisiana, Mississippi, Missouri, Oklahoma, Dakota do Sul, Tennessee, Texas, West Virginia, e Wisconsin. A análise contou 125.780 abortos em 2020 nesses 14 estados e 41.620 na Geórgia.

O fechamento de clínicas deixa 29% das mulheres norte-americanas em idade reprodutiva sem acesso à assistência ao aborto em seus estados de origem. A análise citou evidências anedóticas indicando que provedores em outros estados estão enfrentando uma sobrecarga de casos.

A análise alerta que 26 estados provavelmente terão restrições ou proibições ao aborto dentro de um ano. Vários estados, incluindo Carolina do Sul, Indiana e Ohio, impuseram proibições totais ou de seis semanas ao aborto que foram bloqueadas pelos tribunais.

Fonte:  Guttmacher Institute. October 6, 2022.

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