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EUA: insegurança alimentar afeta 40% das pessoas com doença cardíaca

30 de setembro de 2022 (Bibliomed). Quase 4 em cada 10 pessoas com doenças cardíacas nos Estados Unidos enfrentaram fome – com acesso limitado ou incerto a alimentos adequados – em 2017-2018, o que é mais que o dobro do que era duas décadas antes, diz um estudo da Universidade de Michigan. A doença cardiovascular continua sendo a principal causa de morte nos Estados Unidos, e a dieta é o maior contribuinte para a morte por essa doença.

Para o estudo, os pesquisadores analisaram dados do National Health and Nutrition Examination Survey, representando 312 milhões de adultos americanos entre 1999 e 2018. Eles descobriram que 38,1% das pessoas com doenças cardiovasculares enfrentaram fome em 2017-2018, acima dos 16,3% em 1999-2000.

Para aqueles que tinham insegurança alimentar, a participação no Programa de Assistência Nutricional Suplementar, um programa do governo dos EUA para distribuição de alimentos, foi maior entre pessoas com doença cardiovascular do que naquelas sem: 54,2% vs. 44,3%, respectivamente.

No geral, os adultos negros e hispânicos eram mais propensos a relatar insegurança alimentar, mostraram os resultados. Desde 2011, 24% dos adultos hispânicos e 18% dos adultos negros tinham insegurança alimentar, em comparação com 8% dos adultos asiáticos e 13% dos adultos brancos.

Os pesquisadores explicam que a insegurança alimentar é um problema comum entre pessoas com doenças cardiovasculares, e esse problema está se tornado ainda mais prevalente nos últimos anos. Eles concluíram que a doença cardiovascular está associada a um maior risco de insegurança alimentar: os adultos com doença cardíaca tinham mais de duas vezes a probabilidade de ter insegurança alimentar do que aqueles sem ela. Além disso, a insegurança alimentar pode agravar as disparidades de saúde raciais e étnicas existentes. No entanto, as diferenças nos resultados cardiovasculares não estão relacionadas à origem racial ou étnica de uma pessoa, mas mais à sua experiência social.

Fonte: JAMA Cardiology. DOI: 10.1001/jamacardio.2022.3729.

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